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Professores da UFPB ficam entre os 160 melhores pesquisadores pela Revista Molecular Diversity na área da Quimioinformática
Os professores Luciana Scotti e Marcus Scotti da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Programa De Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (PPGPN), estão entre os 160 melhores pesquisadores na área da Quimioinformática pela Revista Molecular Diversity. A presente pesquisa resultou na lista publicada em 5 de dezembro, através do modo Scopus, banco de dados, resumos e citações abrangentes. Os pesquisadores, além de serem do mesmo núcleo familiar, também estão na mesma área de pesquisa, e lideram as colocações do mundo pela revista.
Os irmãos Scotti entraram em duas listas, a de número de publicações e a de citações entre os períodos de 2000 a 2023 na área da Quimioinformática e na de Relação Estrutura Química e Atividade Biológica (QSAR). A quimioinformática é uma área que utiliza técnicas de informação, ou seja, tudo que é ligado à área computacional, envolvendo algoritmos, softwares, banco de dados para tentar solucionar problemas na área da química orgânica, na proposição de novos fármacos mais potentes, como também de defensivos agrícolas, tais quais inseticidas e herbicidas que tenham menor impacto ambiental.
Além dos Scotti, também fazem parte da pesquisa Arkaprava Banerjee e Kunal Roy, do Laboratório de Teórica de Medicamentos e Quimioinformática, Departamento de Tecnologia Farmacêutica, da Universidade de Jadavpur, em Calcutá, na Índia, e Paola Gramática da Unidade de Pesquisa QSAR em Química Ambiental e Ecotoxicologia do Departamento de Ciências Teóricas e Aplicadas (DiSTA) da Universidade de Insubria, em Varese, na Itália.
Para os irmãos, o intuito de realizar publicação de pesquisas voltadas ao campo da quimioinformática é para mostrar o desenvolvimento da área, enfatizando as contribuições dos pesquisadores para o campo que atuam com suas pesquisas.
“O artigo faz um ranking dos melhores pesquisadores no mundo em quimioinformática neste século e estar entre eles, com todas minhas limitações, é motivo de muita honra e satisfação. Nossa linha de pesquisa não é simples: mistura matemática, química, farmácia e computação na investigação de moléculas buscando candidatos a fármacos e melhoria na atividade biológica”, ressaltou Luciana Scotti.
Os pesquisadores estão explorando substâncias químicas, essenciais para o controle de pragas e doenças, que podem ser ajustadas para reduzir seus efeitos adversos sobre o meio ambiente. A aplicação da toxicologia na criação de defensivos menos agressivos ao ecossistema é um passo significativo para garantir a sustentabilidade do setor agrícola.
"O estudo da toxicologia é fundamental, pois permite entender os efeitos das substâncias sobre o ambiente e a saúde humana, e com isso, propor novas soluções que conciliam produtividade e respeito à natureza", afirmou Marcus. Ele ainda completou: "Obviamente dentro dessa mesma área existe a parte da toxicologia, mas dentro da toxicologia ela pode ser aplicada também, por exemplo, à proposição de novos defensivos agrícolas que tenham menor impacto ambiental”.
O artigo na íntegra pode ser acessado aqui.